O GaTo MaLHaDo e a AnDoRiNHa SiNHá

SINOPSE

“O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá”


“O mundo só vai prestar
Para nele se viver
No dia em que a gente ver
Um maltês casar
Com uma alegre andorinha
Saindo os dois a voar
O noivo e a sua noivinha
Dom gato e Dona Andorinha”

Esta é a história de um gato (vagabundo, livre de conceitos sociais) que se apaixona por uma andorinha (de classe alta, educada, protegida de todos).

A andorinha apesar de prometida ao rouxinol incentiva o amor do gato, fazem juras e promessas. O gato escreve-lhe poemas, conversam e passeiam juntos, acabando por causar estranheza e provocar pérfidos comentários dos outros animais que habitavam um parque. São também os animais que impõem a escolha da andorinha, a escolha entre o amor do gato e o seu destino já previamente definido.

Esta fábula é antes de mais uma metaforização de diferentes tipos humanos sociais, que compõem a sociedade, utiliza os animais do parque para retratar situações reais, trata de um amor impossível devido aos preconceitos, sociais, económicos e culturais.

Acontece num espaço físico/cenário que representa o parque, um lugar limitado onde se movimentam as personagens. Neste local são evidentes as diferenças de comportamentos e pensamentos das diferentes classes sociais ou animais que aqui se movimentam.

O desenrolar da história vai acontecendo de forma cronológica entre as estações do ano, sendo que cada uma delas representa o evoluir da fábula, mas acima de tudo representa os sentimentos das personagens.

“A simplicidade linguística do texto e a sua riqueza em termos de contexto social na representação da classe animal, permitem a reflexão de algumas das problemáticas actualmente em voga na nossa sociedade, como sejam: a criação de preconceitos e estereótipos, a exclusão social, a formação de atitudes. (...)

São temáticas em torno das representações sociais que fazem desta peça um valioso instrumento para o desenvolvimento social das crianças e jovens.”